quarta-feira, 8 de junho de 2011

Servidores técnicos de 24 universidades federais aderem à greve da categoria

Lucas Azevedo
Especial para UOL Educação
Em Porto Alegre (RS)






A paralisação deflagrada pelos técnicos administrativos das universidades federais desde segunda-feira já conta com a adesão de 24 instituições em todo país nesta quarta (8), segundo levantamento do sindicato da categoria.
Conforme a Fasubra (Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras), a expectativa é que até o início da próxima semana 25 universidades das 56 que integram órgão engrossem as fileiras grevistas. Ao todo, são 179 mil técnicos administrativos nas instituições federais.
Aos poucos, os efeitos da greve começam a ser sentidos em serviços básicos das universidades, como transporte, alimentação e acesso a bibliotecas e laboratórios. No Rio Grande do Sul, técnicos da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), da UFCSPA (Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre) e do IFRS (Instituto Federal do Rio Grande do Sul) estão de braços cruzados desde segunda-feira. Um levantamento realizado nesta quarta-feira durante assembleia-geral das categorias apontou que 45% dos quadros cruzaram os braços.

No Distrito Federal, a paralisação afetou o almoxarifado, a prefeitura universitária, o restaurante e a biblioteca da UnB (Universidade de Brasília). No hospital universitário, um acordo entre sindicato e administração garantiu o mínimo de 30% de funcionários em atendimento.Desde março, os sindicatos vêm sinalizando para o governo sua insatisfação. As principais reivindicações dos servidores são reajuste salarial, piso de três salários mínimos (atualmente o salário é de R$ 1.034,59), equiparação entre ativos e inativos e entre trabalhadores que exerçam a mesma função, abertura de concursos públicos e fim das terceirizações.

Outro lado

A Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Nivel Superior), que reúne os reitores das universidades, prefere se posicionar com neutralidade. Segundo o secretário executivo da entidade, Gustavo Balduino, cabe ao governo federal, “que é o patrão”, a resolução do problema.

“Não entramos no mérito das reivindicações dos técnicos. Não temos como dizer o que é certo e o que é errado. Mas estamos apoiando a negociação e torcendo para que a questão seja solucionada logo. Até porque cabe a nós administrar as instituições durante essa crise.”Durante esta e a próxima semana, mais assembleias gerais serão realizadas até novo encontro com representantes do Ministério do Planejamento,  ainda sem data definida.