domingo, 17 de julho de 2011

AS ESTRANHAS CONSTRUÇÕES METÁLICAS DO GOVERNO CABRAL SOB O ESCRUTÍNIO DA VEJA: BOTA ESTRANHO NISSO!


A matéria abaixo publicada pela Revista Veja dá mais detalhes acerca das coisas estranhas que cercam as licitações para construção dos conteineres onde são alojadas as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) do governo Cabral.

Agora a matéria da Veja mostra que a indústria que fabrica os conteineres é de um amigo do vice-governador, Luis Fernando Pezão, e que na verdade a tal unidade industrial é "ghost".  E de quebra, essa empresa tipo Gasparzinho (o fantasminha camarada) ainda recebeu dinheiro doado por uma das empresas de outro grande amigo dos atuais governantes instalados no Palácio Guanabara, o irrequieto bilionário Eike Batista.

Desse jeito, o governador Sérgio Cabral não vai aguentar a marcha de revelações de escândalos que pipocam que nem cogumelos em pastagens em dias chuvosos!



Empresa de fachada faz UPP e unidade de saúde no Rio
Leslie Leitão




Há dois programas-chave na gestão do governador do Rio, Sérgio Cabral, daqueles que funcionam como vitrine política. O das Unidades de Polícia Pacificadora, as UPPs, que tiram de traficantes o domínio territorial sobre as favelas, e as Unidades de Pronto Atendimento, conhecidas como UPAs, pequenas unidades de saúde para doentes de menor complexidade, feitas para desafogar prontos-socorros. Na semana passada, VEJA descobriu que o que vai pelos bastidores desses programas pode transformá-los em vidraça. Nos últimos três anos, uma única empresa recebeu 140 milhões de reais pela construção de módulos de aço para as unidades de saúde. A empresa também montou módulos para UPPs e recebeu boa parte dos 8 milhões aplicados no projeto pela OGX, empresa de petróleo do bilionário Eike Batista - o mesmo que empresta o jato para o governador fazer viagens particulares. Criada em janeiro de 2009, sete meses antes do primeiro repasse de verbas, a Metalúrgica Valença recebeu empréstimos de 4 milhões de reais do governo do Rio e a concessão de uso de um terreno entre 2009 e 2014, período exato do mandato de Cabral, para se instalar. Mas, na sede da empresa em Valença, no sul fluminense, não há nada além de uma estrutura metálica incompleta e mato num terreno baldio. A fábrica até chegou a ser inaugurada, em junho de 2010. Mas dali não saiu, até agora, sequer uma chapa de aço. 


O dono da Metalúrgica Valença é Ronald de Carvalho, conhecido na vizinha Barra do Piraí por sua amizade com o vice-governador Luiz Fernando Pezão, ex-prefeito da cidade e candidatíssimo à sucessão de Cabral. Quem de fato monta as unidades é outra empresa de Carvalho, a Metalúrgica Barra do Piraí, que não tem contrato com o governo do estado. Procurado por VEJA, o empresário afirmou que não vê problema em usar a fábrica de uma de suas empresas para construir algo que deveria ser feito por outra. Tampouco explicou por que, depois de conseguir empréstimos de 4 milhões de reais e concessão para o uso do terreno, e de ter direito, em Valença, a um imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) 17% menor do que o de Barra do Piraí, até agora não instalou fábrica alguma na cidade. O governo do Rio afirma que desconhece as irregularidades relativas aos módulos de saúde e que os contratos para as UPPs são de responsabilidade da OGX.


Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/empresa-de-fachada-faz-upp-e-unidade-de-saude-no-rio