sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

MINISTRO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL AGORA PARTIU PARA O HILÁRIO PARA TENTAR SE ISENTAR DE RESPONSABILIDADES SOBRE TRÊS VENDAS



O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra,  deve estar mesmo temendo por seu emprego ou, pior, está sendo enganado pela Defesa Civil do Rio de Janeiro. Só uma dessas explicações poderia explicar a declaração estapafúrdia que é reproduzida abaixo, e que foi dada por Bezerra ao Jornal Folha de São Paulo, e que segue postada abaixo.

Segundo o que diz a matéria assinada pela jornalista Denise Menchen, Bezerra declarou que o rompimento do dique lateral na BR-356 na altura da localidade de Três Vendas foi "planejada" pela Defesa Civil do Rio de Janeiro.

Se o Ministro Fernando Bezerra tivesse vindo ver in loco a situação da população de Três Vendas em vez de se trancar junto com Sérgio Cabral no Palácio Guanabara, ele talvez não tivesse passar por este ridículo, visto que é sabido que de planejado o rompimento em Três Vendas não teve nada. Aliás, até a imprensa internacional já sabe que o negócio foi simplesmente um acaso da Natureza.

Ministro Bezerra, menos, por favor, menos. As pessoas atingidas pelas inundações merecem, pelo menos, a verdade.

Ministro diz que abertura de estrada-dique no Rio foi planejada

DENISE MENCHEN
DO RIO


O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, afirmou nesta quinta-feira que a abertura da BR-356 foi uma ação planejada que teve como objetivo impedir que as águas do rio Muriaé chegassem ao rio Paraíba do Sul e alagassem áreas maiores de Campos (RJ). 


Ele elogiou a ação, que atribuiu à Defesa Civil do Estado do Rio.

"Na Baixada Campista, através de uma ação planejada pela Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro, se conseguiu desobstruir uma estrada para dar vazão às águas que chegavam em Campos, e quatro mil pessoas foram avisadas a tempo e realocadas, mitigando o risco de perda de vidas humanas", disse o ministro ao comentar que o Estado está mais preparado para lidar com situações extremas por causa de investimentos feitos no ano passado em sistemas de alerta.

"A estrada foi aberta para extravasar a água e evitar alagamentos e prejuízos maiores para a população".

As declarações foram feitas após reunião com o governador Sergio Cabral (PMDB), na qual o ministro alertou para a previsão de chuvas fortes nos próximos dias, instando as autoridades estaduais e municipais a manterem o alerta máximo.

Segundo Cabral, são esperadas chuvas fortes nas noites de sexta para sábado e, principalmente, de sábado para domingo. As regiões mais afetadas devem ser o noroeste do Estado, a Baixada Campista, a região serrana e a região metropolitana.

"É muito preocupante. É preciso estar com as defesas civis municipais e com a população atentos a essa situação", disse Cabral.

No encontro, o governador apresentou ao ministro três projetos de obras preventivas que somam R$ 950 milhões. O ministro ficou de avaliar a possibilidade de incluí-los no orçamento federal em reunião com a ministra Gleisi Hoffman (Casa Civil). Também foi feito pedido de 30 mil colchonetes e cinco mil cestas básicas para o atendimento da população desabrigada nos municípios, o que foi atendido pelo ministério.

Divulgação/Prefeitura de Campo dos Goytacazes 


ENXURRADA

A elevação do nível da água do rio Muriaé provocou o rompimento de um dique (barragem para conter a água de rios) e formou uma cratera de mais de 20 metros na rodovia BR-356, no trecho que liga Campos a Itaperuna.

A água invadiu o bairro Três Vendas, em Campos dos Goytacazes, no norte fluminense. Cerca de 1.000 pessoas tiveram que ser retiradas do local, segundo a Defesa Civil municipal. Parte dos moradores preferiu ficar para tentar salvar seus pertences.

Na noite de hoje, cerca de 30% das ruas de Campos estavam alagadas. Cerca de 3.000 pessoas estão desalojadas (na casa de parentes e amigos) e 592 desabrigadas (dependem de abrigos públicos) na cidade.
Editoria de Arte/Folhapress 


Segundo o coordenador da Defesa Civil Municipal, major Edson Braga, o bairro de Três Vendas é protegido pelo dique. "Rompeu justamente no ponto onde foi feito um trabalho pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte) em 2009", afirmou. "Vai encher toda a comunidade como ocorreu na enchente de 2008".

Também há informações de problemas causados pelas chuvas em outros pontos da cidade devido à cheia do rio Paraíba do Sul, por onde desaguam os rios Muriaé e Pomba --cujas nascentes são em Minas Gerais.