quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

NA EIKELÂNDIA, ENTRAM OS MEGA-EMPREENDIMENTOS E SAEM OS HABITANTES TRADICIONAIS. E CARLOS MINC É O AVALISTA MÓR DISTO TUDO!


,Hoje tive mais uma oportunidade de ver de perto o efeito sócio-ambiental da construção do Complexo Portuário-Industrial do Açu que é praticamente uma joint venture do Sr. Eike Batista que é alimentada com muito dinheiro público. Abaixo seguem algumas imagens que sugerem não apenas um rápido esvaziamento dos habitantes que há gerações habitavam a região V Distrito de São João da Barra,  mas também profundas alterações ambientais que estão alterando completamente as feições da região. 

As imagens abaixo mostram uma mistura de placas lustrosas com casas demolidas e vegetação arrancada sendo transportadas em caminhões usadas normalmente em áreas de mineração. A combinação disto tudo cria um ambiente digno de hospedar uma sequência adicional da série de filmes "Mad Max". Só que em vez dos "bad guys" serem maltrapilhos e guiados por razões assassinas, o que está se vendo é o uso de tecnologias muito bem financiadas a serviço de outro propósito não menos sombrio que é o do crescimento a qualquer custo, no melhor estilo do "a ferro e a fogo". 

E depois ainda aparece gente querendo chamar isso de desenvolvimento. Que desenvolvimento é esse que desaloja milhares de famílias e afeta os ecossistemas de forma inexorável? 

O que eu gostaria de poder perguntar ao ex-ambientalista Carlos Minc, e atual pai do licenciamento ambiental "Fast Food", é como ele consegue dormir sabendo o que seu abandono de ideais antes defendidos está criando no Rio de Janeiro.  O Sr. Minc deve razões muito fortes para ter mudado de posição. Aliás, deve ter milhões de razões. Que tire bom proveito delas enquanto puder.