quarta-feira, 18 de julho de 2012

CABRAL SÓ ESQUECEU A AVISAR O POVO.... DEVE SER PORQUE CADA VEZ MAIS GENTE QUER VÊ-LO FORA JÁ!


A matéria abaixo é sintomática do grau de alienação que o (des) governador mantém em relação à realidade. Pelo que mostra a jornalista Shana Reis do Jornal O GLOBO, Cabral está tramando sair do governo no final de 2013 para turbinar a candidatura de seu vice, Luiz Fernando Pezão, no processo de sucessão que ocorrerá em 2014.

O problema para Cabral e Pezão é que do jeito que as coisas andam, eles perigam sair do Palácio Guanabara muito antes, e numa condição nada gloriosa. 

É esperar e ver o que acontece, mas o povo fluminense pelo menos agora já vai saber, o que Dilma Rousseff era a única a ter sido informada pelo (des) governador viajante.

Cabral e Pezão: conversas para vice assumir em dezembro de 2013 
Por Shana Reis


BRASÍLIA - O governador Sérgio Cabral está decidido a deixar o Palácio Guanabara em dezembro do próximo ano. A ideia está em estágio tão avançado que Cabral já conversou sobre o assunto com a presidente Dilma Rousseff e com o ex-presidente Lula. A saída antecipada beneficiaria três de seus principais aliados em uma só tacada: o vice-governador Luiz Fernando Pezão, o prefeito Eduardo Paes e o filho do governador Marco Antônio Cabral.

Com a saída de Cabral em dezembro de 2013, Pezão teria dez meses até as eleições, se apresentando à população como governador, inaugurando obras, gerindo a máquina e participando de eventos de governo. Esse foi justamente o argumento apresentado por Cabral a Dilma.

Em uma conversa com Dilma no Palácio Guanabara no fim de abril, quando se comemorou a marca de 1 milhão de beneficiários do programa Renda Melhor, o governador falou com a presidente sobre o plano de deixar o cargo. Segundo Cabral, Pezão tinha de “ganhar musculatura” e não haveria melhor forma de fazê-lo do que “no cargo”.

Ao mesmo tempo, essa estratégia atende outro compromisso de Cabral: pavimentar o caminho de Eduardo Paes para ser governador do Rio em 2018. Concorrendo ao governo no exercício do mandato, Pezão ficaria impossibilitado de disputar a reeleição em 2018, beneficiando, então, o prefeito do Rio.

Caso consiga se reeleger em outubro, Paes ficaria na prefeitura até 2016 — aproveitando a Copa e as Olimpíadas — e seria candidato do PMDB a governador, com apoio de Pezão e Cabral, em 2018. Em contrapartida, isso garantiria também a dedicação integral do atual prefeito na campanha de Pezão em 2014.

A estratégia de Cabral foi confirmada por três interlocutores do governador. Segundo eles, essa teria sido a forma encontrada por ele para dar força na eleição de Pezão e manter o partido pacificado.

— Ninguém vai admitir isso publicamente hoje, até porque ele só conversou sobre o assunto com os aliados mais próximos — justificou um peemedebista.

Além de resolver as situações de Paes e Pezão, a saída de Cabral do governo em dezembro de 2013 permitiria ao governador construir a carreira de seu legítimo herdeiro: o filho Marco Antônio Cabral. Assessor de Paes na prefeitura do Rio, Marco Antônio já conquistou aliados no círculo político, mas não poderia concorrer em 2014 caso Cabral continuasse no governo. A Constituição proíbe que parentes de até segundo grau de presidentes, governadores e prefeitos sejam candidatos na mesma jurisdição.

FONTEhttp://oglobo.globo.com/pais/cabral-ja-avisou-dilma-que-deve-deixar-governo-em-2013-5506154#ixzz20yWSH47L