segunda-feira, 9 de julho de 2012

NOURIEL ROUBINI, O ÚNICO QUE PREVIU A CRISE MUNDIAL DE 2008, VÊ SINAIS AINDA MAIS INQUIETANTES PARA 2013!



A matéria abaixo é para deixar até Eike Batista, famoso por seu humor extremamente positivo, deprimido. É que Nouriel Roubini, o economista e professor da New York University, que previu com precisão cirúrgica a ocorrência da grave crise de 2008 deu uma entrevista hoje à Bloomberg TV fazendo previsões de que ocorrerá uma "tempestade global" na economia em 2013.


Como Roubini é hoje venerado como se fosse quase um bruxo até por aqueles que antes o ironizavam, parece que a minha máxima "não há nada que não esteja tão ruim que não possa piorar" está valendo mais do que nunca.


Agora é só sentar e esperar. E aqueles que acreditam em Deus, aconselha-se até rezas contínuas até que 2013 passe de vez e rapidamente.

Mundo poderá viver em 2013 “tempestade global” pior que 2008, afirma Roubini

Para o economista, os países já esgotaram a munição disponível para lidar com a crise e, se o cenário voltar a piorar, como ele prevê, as coisas vão ficar feias


São Paulo - As previsões do economista professor da New York University, Nouriel Roubini - mundialmente famoso por ser um dos especialistas a prever a crise do subprime de 2008 - estão a cada dia mais sombrias. Para 2013, Roubini acredita que o mundo poderá conhecer o que ele chama da “tempestade global perfeita”, vivenciando uma crise pior que a de 4 anos atrás. A declaração foi feita à Bloomberg TV.

A razão para tanto pessimismo, segundo ele, é que se uma nova crise econômica e financeira ocorrer, o mundo não tem mais o que fazer, porque “passamos os últimos 4 anos usando 95% da munição” existente para absorção de choques em crises. “Estamos sem munição”, sentencia o economista.

As soluções ditas mais eficazes perderam qualquer possibilidade de continuarem a serem usadas, na avaliação de Roubini.

“Em 2008, você poderia cortar as taxas de juros de 5% ou 6% para zero, fazer QE1 (pacote de política monetária para estimular a economia), QE2, QE3, você poderia fazer estímulo fiscal a até 10% do PIB. Hoje, mais QEs estão se tornando menos e menos eficazes porque os problemas são de insolvência, não iliquidez. Déficits fiscais já são tão grandes que todo mundo tem que cortá-los, e não aumentá-los. E você não pode salvar os bancos, porque 1) há oposição política a isso e 2) os governos estão perto da insolvência e não podem socorrer a si próprios, muito menos o sistema bancário”, sentencia.

A falta de soluções eficazes iria de encontro, segundo Roubini, a um possível cenário bombástico. Confira o que, para ele, pode dar errado em 2013.

- "Na Zona do Euro, este acidente de trem em slow-motion poderia se tornar um desastre rápido".

- "Os Estados Unidos parecem perto de perder velocidade e (sofrer) uma recessão, dado os últimos dados econômicos".

- "O pouso da China está se tornando mais difícil ao invés de mais suave".

- "Os outros mercados emergentes estão nitidamente diminuindo em termos de crescimento - os BRICs, China, Rússia, Índia, Brasil e também México e Turquia. Em parte é porque há uma recessão na zona euro e Reino Unido, em parte é porque eles não está fazendo suas reformas”.

- "E finalmente há a bomba-relógio de uma potencial guerra entre Israel e EUA contra o Irã. As negociações falharam. As sanções vão falhar. Obama não quer uma guerra antes da eleição, mas depois da eleição, independentemente de eleito Obama ou Romney, as chances são que os EUA decidam ir e atacar o Irã. Em seguida, você terá os preços globais de petróleo dobrando do dia para a noite".

Está aí caracterizada a receita para o que ele chama de “tempestade global perfeita”, algo quer ninguém quer ver no próximo ano.