sexta-feira, 31 de agosto de 2012


Vale muda diretor de vendas após queda do preço de minério

Michael Zhu, que ocupava a diretoria e foi presidente da Vale na China, vai deixar a empresa e será substituído por Claudio Alves

Juan Pablo Spinetto, da


Mudança na Vale ocorre por alteração do preço dos minérios

Rio de Janeiro - O diretor global de vendas para ferrosos da Vale SA está deixando o cargo após os preços do minério de ferro terem caído para o menor nível em três anos.

Michael Zhu, que ocupava a diretoria e foi presidente da Vale na China, vai deixar a empresa e será substituído por Claudio Alves, que acumulará o atual cargo de diretor global de marketing, segundo a assessoria de imprensa da companhia, que não deu mais detalhes sobre a mudança. Alves continuará respondendo a José Carlos Martins, diretor executivo de ferrosos e estratégia, disse a assessoria.

O preço do minério para entrega imediata no porto de Tianjin, na China, uma referência para preços na Ásia, caiu cerca de 50 por cento nos últimos 12 meses com a demanda mais fraca no país, que é o maior consumidor do produto. A matéria- prima fechou em queda de 1,8 por cento ontem, a US$ 88,70 por tonelada, menor cotação desde outubro de 2009.

Alves assumiu o cargo de diretor global de marketing no ano passado, substituindo Pedro Gutemberg.


Juiz condena Bradesco por chamar funcionários de "meiabocas"

Justiça de João Pessoa condenou o banco por assédio moral, com indenização de R$ 800 mil por danos morais coletivos



Bradesco: a empresa foi denunciada por adotar política de estímulo à produção considerada "agressiva e humilhante"

São Paulo - O juiz Carlos Hindemburg de Figueiredo, da 9ª Vara do Trabalho em João Pessoa (PB), condenou o banco Bradesco a pagar indenização de R$ 800 mil por danos morais coletivos pela prática de assédio moral, discriminação e demissões abusivas contra funcionários. A decisão, tomada no dia 9 de agosto e divulgada nesta quinta-feira, é fruto da ação civil pública do procurador Cláudio Cordeiro Queiroga Gadelha, que recebeu as denúncias da Vara do Trabalho de Santa Rita (PB). 

Ainda cabe recurso à instituição financeira. A assessoria de comunicação do Bradesco informou, em uma curta nota, que "o assunto está sub judice e o banco não comenta".

Segundo o MPT, a empresa foi denunciada por adotar política de estímulo à produção considerada "agressiva e humilhante", com a divisão dos bancários em três grupos: o dos "bambambam", que produziam mais; o dos "meiabocas" e o das "tartarugas", prática considerada "dano à integridade emocional" dos funcionários. "A conduta ilícita ofende toda a coletividade", informou o procurador Gadelha.

De acordo com a procuradoria, o inquérito civil que apurou o assédio moral apontou ainda que a "prática de metas" era reiterada, combinada com humilhações àqueles que não as alcançassem. "O comportamento do assediante não incomoda apenas o empregado atingido, mas todos que trabalham no mesmo ambiente, que se revela absolutamente conflitivo, altamente tenso e, por tudo isso, inadequado para todos", relatou Gadelha.

Outra denúncia do MPT contra o Bradesco aponta que o banco não contrata trabalhadores que possuam o CPF "restrito", ou seja, com nome no cadastro do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e Serasa. Para o MPT, essa prática é "discriminatória, um abuso de direito e fere a Constituição Federal".

Organizações indígenas venezuelanas denunciam novo genocídio de Yanomami por garimpeiros brasileiros

Ianomamis vivem na região amazônica do Brasil e da Venezuela. Foto: BBC


O relato está baseado no depoimento de três sobreviventes, que estavam na floresta no momento do ataque dos garimpeiros contra a casa coletiva da comunidade Irotatheri, na fronteira do Brasil com a Venezuela. O número de mortos ainda é incerto.

A reportagem é do Instituto Socioambiental – ISA, 29-08-2012.

Depois de 20 anos do massacre realizado por garimpeiros brasileiros contra os Yanomami, no caso conhecido como Massacre de Haximú, três sobreviventes relatam nova barbárie ocorrida em julho deste ano em território venezuelano

A Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia (Coiam), que congrega 13 organizações indígenas da Amazônia Venezuelana, divulgou nesta segunda-feira (28), documento baseado no relato de sobreviventes Yanomami, da comunidade Irotatheri, localizada nas cabeceiras do Rio Ocamo, na fronteira do Brasil com a Venezuela. O relao dá conta de que garimpeiros cercaram a casa coletiva e dispararam contra eles, posteriormente ateando fogo à casa. Os sobreviventes estavam na floresta no momento do ataque. O número de mortos ainda é incerto.

O documento faz referências ás frequentes denúncias dos Yanomami, que têm sido feitas desde 2009 aos diversos órgãos do Estado Venezuelano, sobre a crescente invasão garimpeira e o consequente aumento da violência entre os garimpeiros e os índios. Violência física, ameaças e a contaminação da água por uso de mercúrio causando a morte de vários Yanomami são alguns dos exemplos citados.

No Brasil, a Hutukara Associação Yanomami (HAY) e o ISA vem alertando para o aumento do garimpo ilegal no território Yanomami , impulsionado pela alta do preço do ouro no mercado internacional. Soma-se a isso ainda a insuficiência das ações governamentais para coibir o garimpo, gerando um recrudescimento da violência entre garimpeiros e os Yanomami, que podeira resultar em um novo massacre de Haximu.

As operações de repressão ao garimpo em Terra Indígena Yanomami aumentaram no Brasil nos últimos dois anos. Em julho último, a Operação Xawara teve como foco a prisão de empresários do garimpo e de não garimpeiros, com resultados mais positivos em relação às ações de combate ocorridas até então. No entanto, estas medidas não foram suficientes para impedir a escalada da violência entre o povo Yanomami e os garimpeiros. Para tanto, é necessário continuar combatendo os empresários do garimpo em uma ação de cooperação binacional, que considere a participação dos Yanomami.

O documento da Coiam solicita ao governo da Venezuela que realize uma investigação urgente, além de adotar medidas bilaterais com o Brasil para controlar e vigiar a entrada de garimpeiros no município de Alto Ocamo, local do massacre. As organizações signatárias do documento lembram ainda que a omissão de investigar e tomar medidas eficazes, como no caso de Haximu em 1993, poderia compromenter a responsabilidade internacional do Estado Venezuelano, por permitir que agentes externos agridam os venezuelanos, no caso os Yanomami, em seu próprio território.

(Ecodebate, 31/08/2012) publicado pela IHU On-line, parceira estratégica do EcoDebate na socialização da informação.

PEQUENO DETALHE QUE O GENERAL ESQUECEU: O USO DAS FORÇAS ARMADAS NA SEGURANÇA PÚBLICA É INCONSTITUCIONAL


A notícia abaixo é uma daquelas coisas incríveis que só o jornalismo (?) das organizações GLOBO pode traduzir, e foi publicada na coluna do Ancelmo Góis. Ai aparece de forma cândida e pura, a possibilidade de que as forças armadas brasileiras continuem a serem usadas, de forma inconstitucional, na repressão policial dentro de comunidades pobres brasileiras.

Esse tipo de postura de aceitação tácita da violação dos preceitos constitucionais é um verdadeiro ovo da serpente. Daqui a pouco periga as forças armadas não terem que ser chamadas para "promover a ordem pública",  resolvendo fazer isto por conta própria. Aliás, repetindo como já fizeram tantas vezes desde 1889, sendo que a última vez foi em 1964.

General Adriano: Exército está pronto para promover a ordem pública

Após deixar o cargo de comandante militar do Leste, o general Adriano Pereira Júnior afirmou agora à noite que os dois maiores legados de sua gestão foram a criação de uma sala de coordenação e controle para grandes eventos, de Primeiro Mundo, e a comprovação de que o Exército tem condições técnicas e pessoal capacitado para trabalhar na questão da ordem pública, "quando necessário, de forma episódica". O oficial -- que agora vai chefiar a área de logística do Ministério da Defesa -- afirmou que o sucesso da organização da Rio+20 confirma que o Estado do Rio está preparado para a realização de grandes eventos.

Em solenidade de transmissão de cargo -- presidida pelo comandante do Exército, general Enzo Martins Peri, e com a presença do ministro da Defesa, Celso Amorim, e do governador Sérgio Cabral -- assumiu o posto de comandante militar do Leste o general Francisco Carlos Modesto, de 60 anos, 44 dos quais no Exército. O general Modesto disse que o Exército está pronto para cumprir qualquer missão designada pelo comando da força, por determinação da presidência da República, ao ser indagado se os militares podem voltar a participar de forças de pacificação na cidade.

Após a solenidade, o novo comandante militar do Leste, general Modesto disse que há possibilidade de avanço na integração entre os serviços de inteligência do Exército e dos órgãos de segurança pública do Estado do Rio, a despeito do envolvimento de agentes da lei com a corrupção e o crime organizado.

-- Não podemos condenar toda uma instituição por causa do erro de alguns. Esses têm que ser isolados e punidos na forma da lei -- afirmou o general, que atuou na área de inteligência como assessor do Centro de Inteligência do Exército (CIE).

Em seu discurso, o general Adriano agradeceu a colaboração da imprensa durante sua gestão e em todas as grandes operações do Comando Militar do Leste -- com a pacificação dos complexos da Penha e do Alemão, assim como a segurança da Rio+20 e os trabalhos de resgate de vítimas das chuvas, que atingiram a Região Serrana, no ano passado.

-- Unidas, as instituições têm o poder de recuperar o que às vezes aparentar ser irrecuperável -- afirmou o general, a um grupo de jornalistas, após a cerimônia, realizada no salão nobre do Palácio Duque de Caxias, onde funciona a sede do Comando Militar do Leste, no Centro do Rio.

A coordenação pelo Exército da segurança de grandes eventos tem sido alvo de polêmica dentro do governo. Uma corrente defende que o comando fique com o Exército, enquanto que outras são favoráveis que a coordenação seja feita pelo Ministério da Justiça, com a Polícia Federal. A greve dos policiais federais fortaleceu a posição favorável ao comando ficar com o Exército.


quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Flexibilização das unidades de conservação são um risco ambiental
30 de agosto de 2012


Do IHU Online


A sinalização do governo federal de flexibilizar ou alterar o limite das unidades de conservação na região amazônica é dúbia e contribui para o aumento do desmatamento na região. De acordo com o agrônomo Adalberto Veríssimo, “toda vez que o governo sinaliza uma disposição para negociar” com os grileiros que ocuparam unidades de conservação de modo irregular, e oferece um percentual do território para ocupação, “há uma queda de braço, que acaba resultando em um aumento do desmatamento. É como se fosse uma corrida em que os ocupantes ilegais tentam desmatar ainda mais, para que o governo exclua a área como unidade de conservação, porque ela já está desmatada. É isso que está acontecendo agora”.

Segundo ele, esta é uma prática comum na região. “Tradicionalmente, na Amazônia, a forma como os atores socioeconômicos procuram assegurar o direito da propriedade é desmatando para, de um lado, gerar o fato consumado e, de outro, gerar a ideia de que eles estavam tentando desenvolver alguma atividade produtiva. É um conceito antigo, ultrapassado, mas ainda é uma forma que predomina nessas regiões do Brasil”, relata à IHU On-Line em entrevista concedida por telefone.

Na avaliação de Veríssimo, a possível flexibilização das unidades de conservação também está relacionada com a construção do complexo hidrelétrico do Tapajós, embora o processo de estudo na área ainda não tenha sido concluído. “A redução das áreas de conservação sinaliza que esse empreendimento poderá ser realizado. Se isso acontecer, uma área do Tapajós será desmatada. O governo alega que será uma área mínima, e que a construção do complexo hidrelétrico do Tapajós será diferente de Belo Monte, porque não terão grandes canteiros de obras. Mas sabemos que as hidrelétricas na Amazônia geram impactos sociais, como a migração excessiva, o caos urbano, aumento da violência, além de afetar as comunidades indígenas”, frisa.

Para ele, apesar de o discurso governamental ser otimista em relação aos cuidados sociais e ambientais, “a história recente tem mostrado que o governo está com muita dificuldade de operar esse tipo de empreendimento”. E dispara: “Temo que o Tapajós se torne uma área mais crítica do que Belo Monte, porque no Tapajós há três fatores perigosos: o asfaltamento da BR-163; a possibilidade de construção das hidrelétricas, que poderia, juntamente com o asfaltamento, criar uma onda muito forte de ocupação naquela região; e o crescimento do garimpo de ouro, porque o preço do ouro aumentou no mercado.

Adalberto Veríssimo (foto) é engenheiro agrônomo, pós-graduado em Ecologia, pela Universidade Estadual da Pensilvânia, EUA. Cofundador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia – Imazon, atualmente é pesquisador sênior da instituição.


LEIA A ENTREVISTA COMPLETA DE ADALBERTO VERISSIMO AQUI!
Justiça dá razão a pesquisadora censurada pela Embrapa no Mato Grosso do Sul



Débora Calheiros, da Embrapa Pantanal, foi perseguida pela chefia local após divulgar estudos sobre impactos ambientais da construção de 135 hidrelétricas na região. Liminar suspende projetos em andamento


Pedro Rafael Ferreira, de Brasília (DF)


Os impactos ambientais sobre a maior planície alagada do mundo, o Pantanal, estão na origem de um grave problema de censura à liberdade científica e assédio moral contra o trabalho de uma pesquisadora da Embrapa. Débora Calheiros, doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP), 23 anos de serviços prestados à empresa, é uma das maiores especialistas do país em ecologia de rios e planícies de inundação.

Nos últimos anos, ela e outros pesquisadores – além de organizações ambientalistas e comunidades ribeirinhas – tem travado uma batalha contra projetos de construção de 135 centrais hidrelétricas na região, devido ao risco de alterações no pulso natural das cheias, que podem acarretar danos irreversíveis ao bioma. Boicotada pela direção local da Embrapa Pantanal, em diversas ocasiões, por insistir na divulgação desses estudos, a resposta veio pela Justiça. A pedido dos Ministérios Públicos Federal e Estadual de Mato Grosso do Sul, a Justiça Federal de Coxim (MS) concedeu, na última semana, liminar que paralisa a emissão de licenças ambientais de empreendimentos hidrelétricos na Bacia do Alto Paraguai (BAP), que engloba a planície pantaneira e abrange os estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

A decisão determina que os órgãos ambientais licenciadores suspendam todos os processos de licenciamento ambiental em curso e não mais concedam novas licenças – sejam elas prévia, de instalação ou de operação – até que a Avaliação Ambiental Estratégica de toda a BAP seja realizada. Desta forma, empreendimentos hidrelétricos já em funcionamento continuarão operando, mas suas licenças não podem ser renovadas. Quanto às hidrelétricas em vias de instalação, suas atividades devem ficar paradas até a realização do estudo do impacto cumulativo.

Segundo a decisão judicial, existe “prova inequívoca” de que os empreendimentos estão sendo instalados sem a observância das normas protetivas básicas, que inclui o prévio estudo de impacto ambiental em toda a Bacia do Alto Paraguai. Caso a decisão judicial seja descumprida, a multa por licença expedida é de R$ 100 mil. O trabalho do Ministério Público, que culminou na proposição de uma Ação Civil Pública, só foi possível graças às pesquisas desenvolvida por Débora Calheiros e outros pesquisadores.


Censura e perseguição

Débora se tornou alvo da direção da Embrapa justamente porque passou a se posicionar, com base em estudos científicos, contra a expansão do projeto energético na bacia do Pantanal. O ponto alto desse processo não poderia ser mais emblemático. Em 2010, antes de uma reunião do Conselho Nacional de Recursos Hídricos, em Brasília (DF), a pesquisadora foi informada de que não poderia falar em nome da empresa. “Eu tinha realizado uma viagem oficial, já estava em Brasília aguardando a reunião quando fui comunicada de que não poderia falar. Isso aconteceu porque eu indicaria aos conselheiros e os tomadores de decisão [o Conselho é formado por diversos órgãos federais, como Ibama, Agência Nacional das Águas, entre outros] de que as hidrelétricas juntas afetariam drasticamente o Pantanal”, conta.

Não tinha sido a primeira vez. Em 2008, ela também foi impedida de falar em nome da Embrapa Pantanal nas reuniões do Plano Estadual de Recursos Hídricos de Mato Grosso do Sul e em uma audiência pública na Câmara dos Deputados. “A participação nesses conselhos é por mérito e por experiência no assunto. Me tirar essas responsabilidades foi uma forma de censura, além de configurar o assédio moral”, exalta Débora, que ainda exemplifica: “cheguei a ter artigos para publicação na imprensa vetados pela direção da Embrapa”. No ano seguinte, em 2009, uma sindicância interna foi aberta contra a pesquisadora, mas não para apurar uma situação específica de sua conduta profissional, como é praxe. Nesse caso, a sindicância focava toda a sua trajetória profissional. “Me acusaram de insubordinação e de ser ideológica no exercício da função, uma verdadeira inquisição”, desabafa.

Agora, com a liminar da Justiça proibindo a expansão das hidrelétricas, Débora comprova a imparcialidade e o rigor científico com que tem pautado o seu trabalho. “Quem está sendo ideológica é a empresa, completamente omissa no debate público sobre temas tão relevantes. A Constituição Federal diz que o poder público tem o dever de conservar a qualidade ambiental do Pantanal. A decisão judicial comprova que quem tinha embasamento técnico para o assunto era eu, não a empresa que me boicotou”, afirma.

Assuntos polêmicos como hidrelétricas, Código Florestal e transgênicos são deliberadamente silenciados pela direção atual da Embrapa, acusa Débora. “É polêmico, porque tem interesse público e a Embrapa tem o dever de discutir abertamente com a sociedade, baseada em pesquisa científica, mas não o faz por questões políticas e econômicas”. O teor da Circular nº 58, de 18 de outubro de 2010, assinada pelo próprio presidente da Embrapa, Pedro Arraes, deixa transparecer o clima de censura. De acordo com o documento, os trabalhadores devem obedecer ao disposto na chamada Política de Comunicação da Empresa (PCE), em que pesquisadores e técnicos só podem falar com a imprensa quando "explicitamente delegados por seus chefes" e quando estes acharem conveniente.


Interesse econômico x Pantanal

No caso da instalação de usinas hidrelétricas na bacia do Pantanal, Débora Calheiros enumera as graves consequências ambientais já comprovadas. O pulso de inundação do ecossistema, também conhecido como período de cheia e seca, tende a sofrer uma distorção com a implantação dos reservatórios hidrelétricos. “A subida e descida das águas não estará mais condicionada ao fluxo natural dos rios. Significa que esse fluxo poderá ser alterado até em nível diário, e não mais nas épocas certas, obedecendo apenas à necessidade econômica de produção energética”, explica. O resultado: “atrapalha o funcionamento ecológico do Pantanal, impedindo a migração de peixes e a recomposição das pastagens nativas. Com isso, cairá a produção pesqueira, afetando os pescadores e o turismo de pesca, a produção pecuária tradicional, entre outros problemas”.

Como se não bastasse, o potencial hidroelétrico do Pantanal, diz a pesquisadora, já está no limite. Cerca de 70% da capacidade de geração de energia da bacia já está instalada e em operação e os projetos em andamento, quase todos para Pequenas Centrais Elétricas (PCHs) só seriam capazes de ampliar em mais 2% o fornecimento de energia para o país. “A sociedade precisa escolher, se é mais importante aumentar a energia em 2% ou conservar o Pantanal”, acrescenta Débora. Ela vai mais além. Mesmo as PCHs, embora de pequeno porte, podem causar estragos sérios.

No município de Coxim, por exemplo, estão previstas 17 PCHs, exatamente em uma região cuja economia depende basicamente da pesca e do turismo associado à pesca. “No rio Jaurú, no sul de Mato Grosso, os pescadores estão à míngua. Lá já foram construídas seis hidrelétricas. Os peixes migratórios, que são também os mais nobres, como pintado, pacú e dourado, simplesmente não conseguem atravessar as barragens. As hidrelétricas são limpas em emissões de carbono, mas em termos de conservação de rios o impacto é irreversível”, analisa. O lado econômico, no entanto, pode falar mais alto. A legislação atual permite a concessão de PCHs por 30 anos e o retorno do investimento não passa de cinco. “O lucro é alto e o risco é baixo. Dá para entender o que move os interesses em me censurar na Embrapa”, conclui Débora.


MULHERES AGORA FORMAM A MAIORIA DO CORPO ESTUDANTIL DE CURSOS DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NOS ESTADOS UNIDOS. O BRASIL VAI NO MESMO CAMINHO


A matéria abaixo dá conta de um fenômeno que eu já vinha notando que é a presença majoritária de mulheres nas salas de aula. Aliás, neste fenômeno há um elemento adicional que eu noto que é a disposição para maior seriedade e disciplina da maioria das mulheres em relação às tarefas cotidianas dos seus cursos. Eu pensava que esta era apenas uma visão individual, mas aparentemente a presença de mulheres se tornou, nos EUA, predominante até nos cursos de pós-graduação.

Agora a explicação dada para esse aumento das mulheres nas universidades é curiosa. Isto estaria se dando pela perspectiva, aparentemente verdadeira, de que as mulheres precisam ser muito mais bem preparadas do que os homens para avançarem em suas carreiras de escolha. Em outras palavras, homens mais despreparados continuam levando vantagem na hora da contratação, apenas por serem homens. Se isto é verdade numa sociedade pretensamente rica e desenvolvida como a dos EUA, penso deve ser bem pior em países como o Brasil, onde a falta de mérito e o sexismo são ainda mais explícitos.


Why Are Women More Interested in Going to College Than Men?

LIZ DWYER
Education Editor


women.college
It's been a generation since the gender balance on campus began to shift in favor of the ladies. More women than men have been going to college since the 1980s; since 1996, more women have been graduating; and last year U.S. Census data revealed that women now earn more graduate degrees. According to a new report from the National Center for Education Statistics, the trend of women dominating higher education is going to continue.
Much of the data in this latest report confirms what we already know—more women than men end up enrolling in college and end up graduating. But, the data also reveals that female students are more likely than men to want to go to college and that disparity in aspiration starts early. Indeed, 59 percent of female high school freshman say they expect to complete a bachelor's or graduate degree, but only 53 percent of males say the same. By senior year everybody's desire to go to college is up (thankfully) but while 96 percent of female high-school seniors want to go to college, only 90 percent of males do.
Women are also more likely to translate their desire to go to college into action. Eighty percent of female high school students research colleges, compared to only 68 percent of men. And more female students than males (62 percent as opposed to 55 percent) "consulted college representatives for information about college entrance."
So what's behind the lagging interest men have in higher education? Last year a study from the Pew Research Center revealed that people believea woman needs a degree more than a man in order to get ahead in the world. It's likely that boys are getting the sexist messages that drive this kind of thinking at a pretty young age. While we cheer wholeheartedly for the accomplishments of women, we also don't want to see a generation of men left behind. After all, gender doesn't inherently prepare us to be good citizens, be effective in the workplace, or solve the problems facing our world.
Photo via (cc) Flickr user Rodney Martin

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

OGX cai forte na bolsa após anúncio de novo diretor
Na mínima do dia, os papéis chegaram a cair 9,62%,






Ações da OGX caem com anúncio de Paulo de Tarso como diretor de exploração
São Paulo - As ações da OGX (OGXP3),do bilionário Eike Batista, caem forte hoje na Bovespa com o anúncio da nomeação de Paulo de Tarso Martins Guimarães para o cargo de diretor de exploração. Na mínima do dia, os papéis chegaram a cair 9,62%, negociados a 5,92 reais. 

Paulo de Tarso ocupava o cargo de gerente executivo de exploração desde abril deste ano. O executivo ingressou na OGX em 2010, como gerente executivo de novas áreas. Ele entra na vaga deixada por Paulo Ricardo dos Santos. Segundo comunicado publicado na página da OGX, o executivo deixa o cargo para ocupar outra posição dentro da holding do grupo EBX.

De acordo com a coluna de Lauro Jardim de Veja, a OGX registrou outras baixas nos últimos dias: os gerentes executivos Edmundo Marques e Luiz Reis deixaram a empresa, além do ex-presidente da OGX, Paulo Mendonça, que já havia deixado seu cargo em junho e agora sai de vez do grupo EBX. 

Na segunda-feira, o UBS reduziu suas previsões para a OGX. Na nova projeção, o preço-alvo para as ações passaou de 7,50 reais para 7,20 reais - queda de 4%. A analista Lilyanna Yang decidiu rever as estimativas por conta dos atrasos nas explorações de petróleo e na entrega da plataforma WHP. A expectativa de produção também foi cortada. A recomendação segue neutra.

FONTE: http://exame.abril.com.br/mercados/noticias/ogx-cai-forte-na-bolsa-apos-anuncio-de-novo-diretor-de-explo
Ibovespa opera em queda, pressionado por Vale e OGX

Papéis da OGX desabam 7.3%, a R$ 6,07 após notícia de mudança na diretoria da companhia do Grupo EBX, do bilionário Eike Batista
Danielle Assalve, da

Empresas de Eike no radar: se as ações da OGX fecharem nesse patamar, terão a maior queda desde o fim de junho


São Paulo - O principal índice acionário da Bovespa recuava nesta quarta-feira e operava abaixo do suporte de 57.600 pontos, pressionado pela queda das ações da mineradora Vale e da petroleira OGX.

Temores de que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, não dê sinais concretos sobre o lançamento de possíveis medidas de estímulo monetário também pesavam no mercado. Estes temores cresceram após o governo divulgar dados melhores do que o esperado para o PIB do país.

Às 13h23, o Ibovespa caía 1.96 por cento, a 57.258 pontos. A perda do nível de suporte forçava investidores que haviam apostado na alta da bolsa a desmontarem posições compradas.

Na mínima até o momento, o índice chegou a recuar 2,3 por cento, a 57.060 pontos. O giro financeiro do pregão era de 3,5 bilhões de reais.

As ações da OGX desabavam 7.3 por cento, a 6,07 reais após notícia de mudança na diretoria da companhia do Grupo EBX, do bilionário Eike Batista.

"Essas mudanças geram insegurança adicional no mercado, em uma empresa que está só começando suas atividades", afirmou o sócio da Órama Investimentos, Álvaro Bandeira, no Rio de Janeiro.

Se as ações da OGX fecharem nesse patamar, terão a maior queda desde o fim de junho, quando a companhia decepcionou o mercado ao divulgar dados de produção muito abaixo das expectativas.

As ações preferenciais da Vale caíam 3.9 por cento, a 32,06 reais, pressionadas por uma contínua baixa nos preços do minério de ferro. O minério com 62 por cento de teor de ferro era cotado no menor patamar desde novembro de 2009, diante das preocupações com a demanda da China.

Em sentido oposto, a ação da construtora e incorporadora PDG Realty conseguia sustentar valorização de 3,9 por cento, a 3,74 reais, por expectativas de capitalização da companhia pela Vinci Partners e mudança da presidência.

No exterior, os mercados continuavam no aguardo do discurso do presidente do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos. Ben Bernanke participa de um simpósio de bancos centrais em Jackson Hole (Wyoming), na sexta-feira, e investidores estão atentos a sinais de uma nova rodada de estímulo monetário no país. 

Alguns investidores reduziriam as apostas em novas medidas de estímulo depois que o governo dos Estados Unidos anunciou uma revisão do PIB norte-americano do segundo semestre, de 1,5 por cento para 1,7 por cento.

Na bolsa de Nova York, o índice Dow Jones operava praticamente estável, com fraco volume de negócios. Já o principal índice europeu de ações fechou em queda de 0,24 por cento.

Resgate de escravos envolve irmão de Kátia Abreu, diz governo

Por Leonardo Sakamoto

O Ministério do Trabalho e Emprego resgatou 56 pessoas de condições análogas à escravidão da fazenda Água Amarela, em Araguatins (TO). A área de plantio de eucaliptos, que também abrigava 99 fornos de carvão vegetal, estava sendo explorada pela RPC Energética. De acordo com a fiscalização da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Tocantins, ainda que registrada em nome de um “laranja”, a empresa pertence a Paulo Alexandre Bernardes da Silva Júnior e André Luiz de Castro Abreu, irmão da senadora Kátia Abreu (PSD-TO), liderança ruralista que também é presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Abaixo os principais trechos da matéria de Bianca Pyl, Guilherme Zocchio e Maurício Hashizume, da Repórter Brasil:

Dedicado à extração de eucaliptos e ao carvoejamento, a RPC produzia matéria-prima para a siderúrgica Fergumar (Ferro Gusa do Maranhão Ltda.). Instalada em Açailândia (MA), a Fergumar é dona da fazenda e recebeu os 18 autos de infração lavrados na operação - que foi concluída na semana passada. A empresa, que já foi envolvida outras vezes em casos de trabalho escravo, não atendeu aos pedidos de posicionamento perante o caso solicitados pela reportagem. A Fergumar escoa 80% de sua produção para os Estados Unidos, incluindo grandes corporações do setor automobilístico. A reportagem tentou contato com os responsáveis pela RPC, mas não conseguiu parecer dos mesmos sobre o ocorrido. Também a senadora Kátia Abreu, que está temporariamente em licença médica do cargo parlamentar, não retornou até o fechamento desta matéria.


Carvão vegetal abastece altos fornos e faz parte de composição do ferro-gusa (Fotos: SRTE/TO)

De acordo com a fiscalização, a constatação de condições degradantes nas frentes de trabalho e nos alojamentos, servidão por dívida, jornada exaustiva e aliciamento fundamentou a caracterização do trabalho análogo à escravidão. Uma das vítimas não tinha 18 anos, segundo o auditor fiscal do trabalho que coordenou a inspeção, Humberto Célio Pereira.


Não havia banheiros em condições de uso. Aos trabalhadores que produziam carvão, os empregadores disponibilizaram um cercado de lona com uma lata improvisada, sem fossa, como latrina. Nos barracos em obras em que dormiam, os sanitários também não funcionavam. Na prática, as vítimas acabavam utilizando o mato para realizar suas necessidades. Faltava água potável, tanto nos barracos como junto aos fornos. O aliciamento foi verificado por meio da atuação do “gato” (intermediador de mão de obra) Maurício Sobrinho Santos, que atraiu e recrutou trabalhadores nos municípios de Vargem Grande (MG), São João Paraíso (MG) e Boa Sorte (MG), além de Açailândia (MA), cidade que abriga a planta da Fergumar. A promessa era de condições de trabalho decente, com a perspectiva de pagamento de fartos salários.

Segundo a fiscalização, o esquema era consumado pelo depósito de um adiantamento em dinheiro por parte do “gato” que, dessa maneira, assegurava o vínculo dos trabalhadores. Essa verba ajudava não só a pagar o transporte dos locais de origem até o Norte de Tocantins, mas também era canalizada para o sustento das famílias dos migrantes. Além do adiantamento, o “gato” mantinha também uma cantina, na qual comercializava desde ferramentas de trabalho e equipamentos de proteção individual (EPIs), como peças de motosserra e botas, até combustíveis, produtos alimentícios, bebidas alcoólicas e itens básicos para higiene pessoal. Tudo era anotado, inclusive os custos relativos às refeições diárias, para que depois fossem descontados dos respectivos vencimentos. Por conta das subtrações, os pagamentos mensais eram inferiores ao salário mínimo. Cadernos com anotações foram apreendidos.

Apenas pela passagem de ida, os trabalhadores relatam ter pago R$ 350 cada um. Segundo depoimento de um dos trabalhadores, as luvas furadas oferecidas pelos empregadores colocavam em risco à saúde dos trabalhadores. Três dos resgatados admitiram ter sido atacados, por exemplo, por escorpiões. No local, não havia ainda material adequado para proceder os primeiros socorros. Os alojamentos e as frentes de trabalho foram interditados. Além de uma construção inacabada (sem portas) e abarrotada onde viviam 17 pessoas (inclusive o “gato” e sua família), imóveis despreparados localizados na área urbana de Araguatins (TO) abrigavam outras dezenas. Quando da libertação, eles estavam trabalhando no local há cerca de três meses. O motorista do ônibus que recolhia os empregados não era habilitado e o transporte entre as frentes de trabalho era feito em caminhões e tratores de carga, de modo completamente irregular.

“Laranja” – Um contrato forjado de compra de “madeira em pé” era a base da empreitada que vinha se realizando na fazenda, de acordo com a fiscalização. Pelo instrumento de fachada, a Fergumar aparecia como vendedora de matéria-prima para a RPC Energética, cujo dono seria Adenildo da Cruz Sousa. Ocorre que o mesmo Adenildo vem a ser funcionário registrado da Reflorestar Comércio Atacadista de Produtos Florestais Ltda., conforme apurou a fiscalização. Ou seja, ele desempenhava, conforme investigações da auditoria fiscal do trabalho, o papel de “laranja” dos verdadeiros donos do negócio: Paulo Alexandre Bernardes da Silva Júnior (a quem inclusive havia concedido poderes por meio de uma procuração legal) e André Luiz de Castro Abreu, servidor do Minisério Público do Trabalho (MPT) em Palmas (TO) e irmão da senadora ruralista Kátia Abreu (TO).

O mesmo Paulo Alexandre estaria, ainda de acordo com as apurações da auditoria, à frente da Reflorestar, que já constou da “lista suja” do trabalho escravo (cadastro de empregados envolvidos na exploração desse tipo de crime mantido pelo governo federal) entre 2008 e 2010, por conta de uma libertação de abril de 2007, em Dois Irmãos (TO). Além da questão do “laranja”, a inspeção constatou também que o “gato” que atuava na fazenda Água Amarela havia sido demitido da RPC em março de 2012 e recontratado em junho, sem registro em carteira, enquanto ainda recebia o Seguro-Desemprego.

O recente flagrante foi motivado por uma denúncia que, após ser protocolada anteiormente em representações dos órgãos responsáveis na região, acabou chegando à Polícia Federal (PF), que encaminhou a demanda à sede da Superintendência na capital do Estado. Além do jovem com idade inferior a 18 anos que foi encontrado realizando tarefas insalubres e perigosas, outras quatro mulheres foram resgatadas no decorrer da operação.

A RPC pagou as verbas rescisórias à vítimas, que totalizaram mais de R$ 72 mil, mas se recusou a arcar com as despesas de retorno de migrantes vindos de outros Estados. Representante da Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região (PRT-10) em Araguaína (TO) que acompanhou o início da inspeção, Alexandre Marin Ragagnin afirmou à Repórter Brasil que aguarda o relatório final da Superintendência Regional de Trabalho e Emprego no Tocantins, com todos os documentos e depoimentos, para tomar providências quanto a possíveis acordos ou ações judiciais. Ele confirmou o quadro grave de degradância, aliciamento e servidão por dívida.

A Fergumar também foi incluída na “lista suja” em meados de 2007. Conseguiu, porém, uma liminar na Justiça que a retirou da relação em agosto do mesmo ano. O ingresso esteve relacionado ao resgate de 23 empregados encontrados em situação análoga à de escravo em outra carvoaria no município de Dom Eliseu (PA), que fornecia carvão vegetal para a empresa.

Com base no serviço de consulta pública, é possível verificar que a Fergumar mantém cadastro irregular junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama). A empresa teve quatro áreas embargadas em São João do Paraíso (MA), em julho de 2006, por exercer atividade potencialmente degradadora sem licença ambiental; desmatar florestas sem autorização do órgão responsável; e devastar florestas ou demais formas de vegetações de preservação permanente.



AUDIÊNCIA DA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DA ALERJ LOTA AUDITÓRIO DO CENTRO DE CONVENÇÕES DA UENF E APONTA CAMINHOS PARA A GREVE


Frente a um auditório completamente lotado, representantes da Reitoria, da ADUENF, do SINTUPERJ/UENF e do Diretório Central dos Estudantes teceram uma série de considerações sobre a grave situação em que a UENF se encontra neste momento. E as manifestações dos presentes não se ativeram apenas às questões salariais de professores e servidores, mas alcançaram também o problema da falta de recursos que, entre outras coisas, dificulta a permanência dos estudantes dentro da universidade.


O deputado Comte Bittencourt, presidente da Comissão de Educação da Alerj, indicou seu compromisso com as questões mais estratégicas para a Educação do estado do Rio de Janeiro. Na questão da UENF, Comte Bittencourt marcou sua fala por condicionar as propostas de expansão que o governo Cabral deseja a um correto processo de financiamento. Comte afirmou que não parece lógico querer a expansão e criação de novos campi na região noroeste, quando o campus principal em Campos dos Goytacazes já possui tantas dificuldades para funcionar. Além disso, Comte Bittencourt destacou sua posição contrária ao processo de terceirização, cobrando da Reitoria da UENF que evite aprofundar este processo, já que isto implica num processo de precarização do trabalho. 


De forma prática, Comte Bittencourt encerrou a audiência pública indicando dois compromissos claros: 1) a de trabalhar para que ocorra uma reunião dos sindicatos da UENF com o presidente da Alerj, deputado Paulo Mello, e 2) a realização de uma reunião da Frente Estadual em Defesa das Universidades Estaduais.



A partir desta audiência, os Comando de Greve da ADUENF e do SINTUPERJ/UENF deverão traçar os próximos encaminhamentos para fortalecer o processo de greve.





SOCIEDADE AMERICANA DE METEOROLOGIA REVISA SUAS POSIÇÕES E AFIRMA QUE AQUECIMENTO GLOBAL É IRREVERSÍVEL!


A notícia abaixo deverá deixar os céticos do aquecimento global em completo desespero. A Sociedade Americana de Meteorologia, um dos mais respeitáveis grupos de estudiosos das questões do tempo e do clima, acaba de divulgar um relatório que declara que não há mais nada que governos e empresas possam fazer evitar as consequências do aquecimento global e que agora só nos resta nos prepararmos para adaptar e mitigar. 

Mas conhecendo bem a postura dos governos, cuja maioria é controlada pelos interesses das grandes corporações, as medidas de ajuste para nos tirar das piores consequências deste fenômeno terão que sair de agentes não-estatais e fora do controle do mercado.

Uma coisa é certa, como diria Cazuza, o tempo não para. E o tempo de reagir é agora!



Global Warming “Irreversible”, Warns Scientific Body

by Cathryn Wellner

Governments, corporations and individuals could cut greenhouse gas emissions today, and it would still be too late to stave off disaster. What is left to us now is mitigation and adaptation. That is the conclusion of the American Meteorological Society (AMS) in an Information Statement published August 20, 2012.

Their conclusions are yet more confirmation that the dire predictions of the 1972 report, “Limits to Growth”, were accurate. The MIT researchers who prepared that publication had entered a variety of population and economic scenarios into a computer model. Most of the scenarios resulted in the same outcome: the collapse of the global economy in 2030.

The researchers did say there was a way to avoid the disaster: drastic measures to the protect the environment. Forty years later politicians are still arguing over whether or not climate change is real and human caused. Corporations are continuing to act as if resources were infinite. Consumers are still being seduced by the latest goods to hit the market.

AMS Ratchets Up the Alarm

In 2007 AMS issued a statement on climate change that concluded:

Despite the uncertainties noted above, there is adequate evidence from observations and interpretations of climate simulations to conclude that the atmosphere, ocean, and land surface are warming; that humans have significantly contributed to this change; and that further climate change will continue to have important impacts on human societies, on economies, on ecosystems, and on wildlife through the 21st century and beyond.

The note of uncertainty is gone in the 2012 statement:

There is unequivocal evidence that Earth’s lower atmosphere, ocean, and land surface are warming; sea level is rising; and snow cover, mountain glaciers, and Arctic sea ice are shrinking. The dominant cause of the warming since the 1950s is human activities. This scientific finding is based on a large and persuasive body of research. The observed warming will be irreversible for many years into the future, and even larger temperature increases will occur as greenhouse gases continue to accumulate in the atmosphere. Avoiding this future warming will require a large and rapid reduction in global greenhouse gas emissions. The ongoing warming will increase risks and stresses to human societies, economies, ecosystems, and wildlife through the 21st century and beyond, making it imperative that society respond to a changing climate.


For the Coming Generations

The world’s countries are still far from embracing integrated action on climate change. In the U.S. both presidential campaigns are irresponsibly quiet on an issue that should be front and center.

Sticking our heads in the proverbial sand is burning our tails. What can Care2′s concerned readers do to dip cool some of the fire? Here are five suggestions. Please weigh in with your own.
Learn. There are a lot of sites that compile the science on climate change. Two good places to start are Skeptical Science and the Climate Reality Project.
Act. Turning off some lights, reducing water usage and food waste, and stepping off the consumer treadmill may seem insignificant when a steamroller is headed your way. However, each act ripples outward. Tell friends what you are doing, and the ripples spread even farther.
Vote. Vote with your dollars. Vote in elections. Vote with your strongly expressed opinions. Speak up and speak out. Hold governments, corporations, media and organizations accountable for the impact of their inaction and silence.
Support. Join your voice with others who are working hard to educate, raise awareness, and push for action. There are many to choose from, including 350.org, David Suzuki Foundation, and For Our Grandchildren.
Celebrate. Many people are calling for a more equitable and earth-friendly economy. You can read about some of them on Care2′s Trailblazers. They are people like Joel Solomon and Carol Newell, Bill Drayton, Cheryl Dorsey and you, the over 20 million Care2 members.

Climate change is already creating havoc around the world. It is going to cause a lot more. Together we can work for the world we want to leave for all the generations that come after us.


FONTE: http://www.care2.com/causes/global-warming-irreversible-warns-scientific-body.html#ixzz24w3KzMkH
Pesquisadores relacionam agrotóxicos com o aumento do câncer

Do Globo Rural

Pelo ar, por terra, em diversas formulações e preparos. Os agrotóxicos fazem parte do pacote tecnológico usado na maioria das propriedades rurais brasileiras. Com o crescimento da agricultura, na última década, a venda desses produtos no país aumentou 190%, situação que vem preocupando os profissionais da saúde.


A Abrasco, Associação Brasileira de Saúde Coletiva, publicou um dossiê que reúne os resultados de diversas pesquisas feitas em várias regiões do Brasil avaliando os efeitos dos agrotóxicos sobre o meio-ambiente e a saúde das pessoas.

O biólogo Fernando Carneiro é professor de saúde coletiva da Universidade de Brasília e membro da Abrasco. Foi ele quem reuniu as informações publicadas no dossiê. “De modo geral, em torno de 30% dos alimentos que o brasileiro consome não estão adequados para consumo humano em relação à questão dos agrotóxicos. Amostras são insatisfatórias ou porque têm agrotóxico não autorizado ou porque têm resíduo em quantidade inadequada”, explica.

O dossiê aponta que 14 agrotóxicos vendidos no Brasil já estão proibidos em outros países porque são suspeitos de causar danos neurológicos, mutação de genes e câncer.

Confira o vídeo com a reportagem completa e conheça uma das pesquisas que fazem parte do dossiê, um trabalho que relaciona o uso de agrotóxicos com a contaminação da água e o aumento do número de casos de câncer.

terça-feira, 28 de agosto de 2012


Justiça chilena paralisa construção de termoelétrica da MPX de Eike Batista



A coisa não vai bem para os negócios de Eike Batista apenas no Brasil. Agora foi uma subsidiária chilena, a EON-MP(X) que teve uma licença ambiental cancelada para operar uma termelétrica e um porto pela Suprema Corte do Chile.

Os protestos contra o chamado projeto "Castilla" parecem ter sensibilizado os juízes chilenos, que se convenceram que o empreendimento seria extremamente danoso ao meio ambiente e às comunidades que seriam afetadas.

Pois é, pena que não possamos enviar os escabrosos licenciamentos do Complexo Portuário do Açu para serem analisados pela Suprema Corte chilena. Mas que seria bom, isto seria!

FLORECE EL DESIERTO, EN CHILE SE HIZO JUSTICIA 

Fallo unánime de la Tercera Sala de la Corte Suprema revocó autorización ambiental al Puerto y a la Termoeléctrica Castilla, sentando precedentes históricos, al ser la primera vez que en Chile se acoge un recurso de protección a partir de la garantía constitucional de vivir en un medio ambiente libre de contaminación, de manera preventiva. 

Un fallo sin precedentes arrojó hoy la Tercera Sala de La Corte Suprema, reconociendo que la autoridad de Salud de Atacama había procedido de manera ilegal al calificar el proyecto Castilla como solo “molesto” y no “contaminante”. La decisión supone la inviabilidad de la termoeléctrica más grande de América Latina, y de su puerto asociado, proyectos que pretendían emplazarse en la región de Atacama, a kilómetros del pueblo de Totoral, comprometiendo el derecho a vivir en un medio ambiente libre de contaminación, el derecho a la salud y a la autodeterminación de los habitantes del territorio. 

El fallo es histórico en tanto aplica preventivamente la garantía constitucional de vivir en medio ambiente libre de contaminación, reconociendo que el actuar ilegal, motivado por presiones del poder ejecutivo y de la empresa alemana brasilera EON-MPX, titular del proyecto, generó dictámenes que comprometían derechos fundamentales de la ciudadanía. 

Lucio Cuenca, director del Observatorio Latinoamericano de Conflictos Ambientales OLCA, organización que patrocinó la causa que originó este fallo, señaló: “Antes que nada debemos felicitar la convicción y la valentía de la comunidad de Totoral que se mantuvo unida pese a las presiones de múltiples sectores, y de los pescadores que rechazaron las ofertas de negociación, contrato en mano, que les ofrecieron los abogados Soto, Tapia y Poblete, pagados por la empresa. Sin duda esta actitud fue la que posibilitó que hoy estemos festejando la decisión de la Corte Suprema”. Es importante indicar que la no disponibilidad de negociar de 4 pescadores, pese a las presiones de la empresa y de sus pares, permitió que fuera rechazado el Puerto Castilla. 

Por otro lado, el abogado de OLCA, Alvaro Toro representante de la Junta de Vecinos de Totoral, señaló que luego de este fallo, las pretensiones de la empresa de construir su proyecto en la zona se hacen inviables, toda vez que las autoridades comunales tienen en trámite la aprobación de un plano regulador que solo permite en el suelo en cuestión, actividades inofensivas. 

Cuenca, declaró que las implicancias de este fallo, por su contundencia, van a desestimular los comportamientos corruptos al interior de la institucionalidad, entre otras cosas porque las empresas se van a dar cuenta que, haciendo las cosas mal, la historia no termina si se aprueba o no un proyecto. Pero además, “el fallo determina que para reingresar el proyecto energético, es necesario someter a una nueva evaluación todas las partes del proyecto, incluido el Puerto, la Termoeléctrica, y la conexión entre ambos, y que la Corte haya comprendido lo que el Ministerio de Medio Ambiente aún no entiende, que es que estas iniciativas tienen un impacto conjunto que debe ser determinado, es un muy buen antecedente para proyectos tan nefastos como Castilla, como Hidroaysén”. 



En Copiapó y en la comunidad de Totoral se vive un espíritu de fiesta, que celebra la vida, la fuerza de los valores y de las convicciones comunitarias, y sobre todo el espíritu de dar la pelea aunque todas las condiciones estén en contra. 



Comunicaciones OLCA 28 de Agosto de 2012
Aparato policial esconde Dilma


O Palácio do Planalto adota a força para tentar neutralizar a livre manifestação de trabalhadores do setor público tratados com intransigência pelo atual governo

Seguranças da presidência da República, policiais militares, tropa de choque e até milicianos da Guarda Municipal isolaram com grades de aço o Teatro Municipal, a Cinelândia e ruas adjacentes, segunda-feira, dia 27, para que a presidente Dilma Rousseff ficasse longe das manifestações de funcionários públicos em greve. 

O ato dos servidores fora convocado para denunciar a intransigência do governo nas negociações com os servidores federais de vários segmentos. A presidente – acompanhada do ministro da Educação, Aluizio Mercadante – veio participar da solenidade de entrega de prêmios da Olimpíada Brasileira das Escolas Públicas no Teatro Municipal. 

Na história recente da república presidentes como Sarney, Collor e FHC mudavam suas agendas por causa de protestos populares. Dilma está seguindo o mesmo caminho.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

DILMA ROUSSEFF VEM AO RIO DAR UMA FORÇA PARA EDUARDO PAES, SE ESCONDE PARA EVITAR PROTESTOS E MANDA BATALHÃO DE CHOQUE ABRIR CAMINHO



A presidente Dilma Rousseff hoje passou por mais uma saia justa ao vir ao Rio lançar um programa para tentar dar uma mãozinha ao seu candidato, o Sr. Eduardo despreparado Paes. Mas como quem mexe em colméia de abelha se arrisca a levar ferroadas, Dilma Rousseff foi aguardada nas ruas por manifestantes que protestavam contra sua intransigência no trato com a greve das universidades federais e com o seu plano de privatizar os hospitais universitárias.

Mas como uma boa convertida aos princípios do neoliberalismo, Dilma Rousseff não se fez de rogada e aceitou a ajuda do Batalhão de Choque que nas palavras do jornal O GLOBO, dispersou os manifestantes.

O perigo nesta coisa toda é que vai ter um momento que as forças reacionárias da sociedade brasileira vão dispensar a ajuda de Dilma e vão tentar fazer o serviço suja elas mesmas. Esse é o verdadeiro e mais mortal perigo. Mas Dilma Rousseff não será a primeira governante que ao trair seu mandato teve que contar com a ajuda da repressão militar para  governar. O problema é que nas vezes passadas, isto normalmente resultou em golpes de estado.

Mas uma coisa de positiva há nisto tudo. Uma parcela importante da juventude e dos trabalhadores está tendo uma experiência concreta com o governo de Dilma Rousseff. E isto poderá, inclusive, repercutir eleitoralmente já em outubro. Vamos aguardar, pois!
“Por que defendemos o Wikileaks e Assange”


Se Assange for extraditado para os Estados Unidos, as consequências repercutirão por anos, em todo o mundo. Assange não é cidadão norte americano, e nenhuma de suas ações aconteceu em solo norte americano. Se Washington puder processar um jornalista nessas circunstâncias, os governos da Rússia ou da China poderão, pela mesma lógica, exigir que repórteres estrangeiros em qualquer lugar do mundo sejam extraditados por violar as suas leis. 

Por Michael Moore e Oliver Stone


Passamos as nossas carreiras de cineastas sustentando que os meios de comunicação norte-americanos são frequentemente incapazes de informar os cidadãos sobre as piores ações do nosso governo. Portanto, ficamos profundamente gratos pelas realizações do WikiLeaks, e aplaudimos a decisão do Equador de garantir asilo diplomático a seu fundador, Julian Assange – que agora vive na embaixada equatoriana em Londres.

O Equador agiu de acordo com importantes princípios dos direitos humanos internacionais. E nada poderia demonstrar quão apropriada foi a sua ação quanto a ameaça do governo britânico, de violar um princípio sagrado das relações diplomáticas e invadir a embaixada para prender Assange.

Desde sua fundação, o WikiLeaks revelou documentos como o filme “Assassinato Colateral”, que mostra a matança aparentemente indiscriminada de civis de Bagda por um helicóptero Apache, dos Estados Unidos; além de detalhes minuciosos sobre a face verdadeira das guerras contra o Iraque e Afeganistão; a conspiração entre os Estados Unidos e a ditadura do Iemen, para esconder a nossa responsabilidade sobre os bombardeios no país; a pressão do governo Obama para que outras nações não processem, por tortura, oficiais da era-Bush; e muito mais.

Como era de prever, foi feroz a resposta daqueles que preferem que os norte-americanos não saibam dessas coisas. Líderes dos dois partidos chamaram Assange de “terrorista tecnológico”. E a senadora Dianne Feinstein, democrata da Califórnia que lidera o Comitê do Senado sobre Inteligência, exigiu que ele fosse processado pela Lei de Espionagem. A maioria dos norte-americanos, britânicos e suecos não sabe que a Suécia não acusou formalmente Assange por nenhum crime. Ao invés disso, emitiu um mandado de prisão para interrogá-lo sobre as acusações de agressão sexual em 2010.

Todas essas acusações devem ser cuidadosamente investigadas antes que Assange vá para um país que o tire do alcance do sistema judiciário sueco. Mas são os governos britânico e sueco que atrapalham a investigação, não Assange.

As autoridades suecas sempre viajaram para outros países para fazer interrogatórios quando necessário, e o fundador do WikiLeaks deixou clara a sua disposição de ser interrogado em Londres. Além disso, o governo equatoriano fez uma oferta direta à Suécia, permitindo que Assange seja interrogado dentro de sua embaixada em Londres. Estocolmo recusou as duas propostas.

Assange também se comprometeu a viajar para a Suécia imediatamente, caso o governo sueco garanta que não irá extraditá-lo para os Estados Unidos. As autoridades suecas não mostraram interesse em explorar essa proposta, e o ministro de Relações Exteriores, Carl Bildt, declarou inequivocamente a um consultor jurídico de Assange e do WikiLeaks que a Suécia não vai oferecer essa garantia. O governo britânico também teria, de acordo com tratados internacionais, o direito de prevenir a reextradição de Assange da Suécia para os Estados Unidos, mas recusou-se igualmente a garantir que usaria esse poder. As tentativas do Equador para facilitar esse acordo entre os dois governos foram rejeitadas.

Em conjunto, as ações dos governos britânico e sueco sugerem que sua agenda real é levar Assange à Suécia. Por conta de tratados e outras considerações, ele provavelmente poderia ser mais facilmente extraditado de lá para os Estados Unidos. Assange tem todas as razões para temer esses desdobramentos. O Departamento de Justiça recentemente confirmou que continua a investigar o WikiLeaks, e os documentos do governo australiano de fevereiro passado, recém-divulgados afirmam que “a investigação dos Estados Unidos sobre a possível conduta criminal de Assange está em curso há mais de um ano”. O próprio WikiLeaks publicou emails da Stratfor, uma corporação privada de inteligência, segundo os quais um júri já ouviu uma acusação sigilosa contra Assange. E a história indica que a Suécia iria ceder a qualquer pressão dos Estados Unidos para entregar Assange. Em 2001, o governo sueco entregou à CIA dois egípcios que pediam asilo. A agência norte-americana entregou-os ao regime de Mubarak, que os torturou.

Se Assange for extraditado para os Estados Unidos, as consequência repercutirão por anos, em todo o mundo. Assange não é cidadão norte americano, e nenhuma de suas ações aconteceu em solo norte americano. Se Washington puder processar um jornalista nessas circunstâncias, os governos da Rússia ou da China poderão, pela mesma lógica, exigir que repórteres estrangeiros em qualquer lugar do mundo sejam extraditados por violar as suas leis. Criar esse precedente deveria preocupar profundamente a todos, admiradores do WikiLeaks ou não.

Invocamos os povos britânico e sueco a exigir que os seus governos respondam a algumas questões básicas. Por que razão as autoridades suecas se recusam a interrogar Assange em Londres? E por que nenhum dos dois governos pode prometer que Assange não será extraditado para os Estados Unidos? Os cidadãos britânicos e suecos têm uma rara oportunidade de tomar uma posição pela liberdade de expressão, em nome de todo o mundo.

(*) Artigo publicado originalmente em português em Outras Palavras.