quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

A indústria do estado de emergência vai de vento em popa no Rio de Janeiro



Em 22 de janeiro de 2012 postei aqui neste blog um artigo do ambientalista carioca Sérgio Ricardo denunciando a existência de uma indústria do estado de emergência em que os governantes fluminenses estariam se beneficiando das catástrofes causadas pelas chuvas torrenciais que normalmente ocorrem durante o verão a partir do recebimento de verbas federais voltadas para evitar ou minimizar os efeitos catastróficas dos grandes eventos climáticos (Aqui!).

Pois bem, hoje (09/01/2013) o jornal FOLHA DE SÃO PAULO publicou um artigo bastante detalhado (Aqui!) mostrando que apenas nos últimos três anos o governo federal, através do Ministério da Integração Nacional,  enviou a bagatela de R$ 425,9 milhões para o (des) governo de Sérgio Cabral aplicar em variados tipos de obras voltadas para impedir a repetição de catástrofes como a que ocorreu na região Serrana em 2011.

No entanto, apesar de ter sido pródigo em gastar já que 79% da verba recebida foi efetivamente gasta, não há qualquer garantia que o (des) governo estadual tenha conseguido reverter esta gastança na infra-estrutura necessária para evitar a repetição das catástrofes ou mesmo para responder mais eficientemente à ocorrência delas. Um exemplo perfeito disto foram as recentes inundações em Xerém onde o sistema estadual colapsou e os habitantes daquele distrito ficaram à merce da própria sorte. 

Mas nada disso deve incomodar quem está se beneficiando desta nova indústria que se alimenta da desgraça alheia. Na verdade deve ter gente neste momento fazendo a famosa "dança da chuva" para que as águas do verão cheguem logo e em grande quantidade. Afinal, só assim a indústria vai poder funcionar. Já aqueles que novamente perderão tudo, inclusive as suas vidas, estes são os que se chama nas guerras de "perdas colaterais".