quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Açu: o Grupo EBX ainda tenta tapar o sal com a peneira


A leitura da matéria produzida pelo site URURAU sobre a reunião que houve ontem nas dependências da UENF para tratar o processo de salinização causada pelas obras que a OS(X) está construindo no Complexo do Açu em São João da Barra (Aqui!) traz declarações do gerente de Saúde, Meio Ambiente e Segurança da empresa que mostram que o golpe ainda não foi totalmente assimilado.

Vejamos uma dessas declarações:

“na verdade isso [salinidade] não é um problema, mas sim um evento que ocorreu e que foi previsto, no código do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) da empresa, não com esses impactos especificamente nessa localidade. Mas, imediatamente o grupo adotou e vem adotando várias ações que estão sendo tomadas no momento para tentar minimizar esses efeitos”.

Bom, se a salinidade não é um problema, por que as atividades que a causaram foram suspensas? E mais se está tudo tão previsto no EIA/RIMA, por que o presidente da OS(X) teve de ir na UENF tomar pé dos resultados das pesquisas que foram realizadas pelo Laboratório de Ciências Ambientais? 

E o interessante é essa tentativa de separar problema e evento que está embutida na declaração do gerente da OS(X). Ora, independente da duração do evento, o fato é que este gerou um problema grave o suficiente para a própria empresa se adiantar ao MPF e suspender as atividades que causaram o problema!

O que fica evidente é que ainda está se tentando tapar o sal com a peneira. Mas cada vez mais essa tentativa se mostra inócua, e as engrenagens já estão girando. A ver os próximos capítulos dessa novela salgada.