terça-feira, 12 de março de 2013

Ameaça de pior cenário faz bancos sugerirem venda das ações da OGX


A situação da OG(X) parece ser uma clara confirmação da máxima de que aquilo que está ruim sempre piorar. A última é a manifestação de três grandes bancos internacionais que estão sugerindo a seus clientes que se desfaçam das ações da petroleira de Eike Batista por causa dos pobres resultados na exploração dos poços que a empresa possui.

No caso do UBS, a avaliação é de que a OG(X) está se aproximando do pior cenário previsto pela instituição, o que pode significar que seus analistas estão prevendo uma situação em que qualquer investimento em ações se torna indesejável.

O pior é que essa manifestação praticamente simultânea de três grandes bancos internacionais deverá afastar ainda mais potenciais interessados nas ações da empresa. Dai que para o barco afundar de vez vai precisar de pouco.


UBS, BofA e Credit Suisse recomendam ‘venda’ de ações da OGX

Por Renato Rostás | Valor


Em conjunto com as novas avaliações do Credit Suisse e do Bank of America Merrill Lynch (BofA), o banco UBS rebaixou nesta terça-feira a recomendação para as ações da OGX para ‘venda’. Os analistas Lilyanna Yang e Luiz Pinho, que assinam o relatório, também cortaram o preço-alvo para os papéis, de R$ 6 para R$ 2,30, dando ao ativo um potencial de queda de 13,2% frente ao fechamento de ontem.

“A campanha exploratória foi bem-sucedida, mas a fase de produção de dois dos três poços mostraram taxas fracas de produção, que podem até não mais justificar o desenvolvimento do campo”, explica o UBS. Com as últimas notícias, a OGX se aproxima do pior cenário desenhado pelo banco.

Segundo o relatório, até mesmo a equipe da companhia do grupo EBX parece ter se surpreendido com a produção de fevereiro. O pior problema nesses projetos é a baixa permeabilidade dos poços, que põem em xeque toda a tese de comercialidade do complexo de Waimea, dizem os analistas.

Ontem, o Bank of America Merrill Lynch (BofA) reiterou a avaliação de “underperform”, equivalente à venda, e cortou o preço-alvo das ações para R$ 1. O Credit Suisse rebaixou sua recomendação de neutra também para “underperform”, cortando o preço estimado para as ações de R$ 5,70 para R$ 2 em apenas dois meses.

O relatório de produção da OGX, divulgado nesta segunda-feira, levou o papel da empresa a uma queda de 14,8% no pregão de ontem da BM&FBovespa. Nesta sessão, por volta das 11h40, as ações recuavam 3%, para R$ 2,57, renovando o menor valor histórico dos ativos desde a oferta pública inicial.

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