segunda-feira, 18 de março de 2013

As chuvas novamente desnudam o (des) governo de Sérgio Cabral


Com as chuvas torrenciais que caíram nas últimas 24 horas, a cidade de Petrópolis revive cenas de destruição e abandono estatal. Até agora a conta são de 13 mortos, mas como a chuva insiste em cair, esse número deverá aumentar.

Como se não tivesse nada com o assunto, o (des) governador Sérgio Cabral deu uma coletiva na cidade e a coisa mais profunda que teve a dizer foi para que as famílias ameaçadas abandonem suas casas e procurem abrigos municipais.

Se não tivesse visto de perto a destruição que ocorreu em Nova Friburgo em 2011, eu poderia até engolir essa falsa demonstração de preocupação de um (des) governante que vem concentrando o grosso dos gastos públicos na remodelação autoritária da cidade do Rio de Janeiro sob a égide dos mega-eventos esportivos.

O descompromisso com a busca de soluções duradouras para todas as cidades fluminenses que convivem em áreas propensas a desastres ambientais será a principal marca do (des) governo de Sérgio Cabral. Mas uma coisa precisa ser ressalvada. Pelo menos dessa vez ele não levou mais de 24 horas para dar as caras na área de desastre. O problema é que sua presença foi tão inócua quanto o seu governo.

Por outro lado, há que se perguntar por onde anda o (des) secretário estadual do ambiente, o ex-ambientalista Carlos Minc. Afinal, já passaram mais de dois anos dos acontecimentos de Nova Friburgo e cada nova chuva pesada evidencia que pouco ou quase nada foi feito para impedir a repetição das tragédias.

Só falta agora Cabral culpar a crise dos royalties pela falta de políticas efetivas de seu (des) governo.  O problema é que o dinheiro dos royalties até chegou, só não foi usado para a contenção de encostas e coisas do gênero.


Chuva deixa 13 mortos em Petrópolis

"Estamos em total alerta máximo", disse o governador Sérgio Cabral em uma coletiva de imprensa em Petrópolis

Vanderlei Almeida, da



Elza Fiúza/ABr
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral: Cabral fez um apelo para que as pessoas deixem as áreas de risco e se dirijam a abrigos organizados pela prefeitura.


Rio de Janeiro - Treze pessoas morreram nas últimas 24 horas na cidade de Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro, devido às intensas chuvas, informou nesta segunda-feira o governador Sérgio Cabral.

"Estamos em total alerta máximo", disse o governador em uma coletiva de imprensa em Petrópolis, onde anunciou que aumentou para 13 o número de mortos pelo temporal.

Cabral fez um apelo para que as pessoas deixem as áreas de risco e se dirijam a abrigos organizados pela prefeitura, enquanto as chuvas voltavam a se intensificar na região nesta segunda-feira.

A presidente Dilma Rousseff telefonou para o governador do Rio a partir de Roma, onde assistirá à entronização do Papa, para oferecer o apoio do Estado para enfrentar o impacto das chuvas, informou a Presidência.

Em janeiro de 2011, logo depois de Dilma assumir o poder, mais de 900 pessoas morreram na região serrana do Rio devido às fortes chuvas, que provocaram inundações e deslizamentos de terra em uma grande área.

Em Petrópolis, 68 km ao norte do Rio e onde a corte imperial passava seus verões, "a situação é realmente muito grave", disse nesta segunda-feira à Rede Globo de televisão o secretário estadual da Defesa Civil, Sérgio Simões.

Dois técnicos da Defesa Civil que trabalhavam no resgate de desaparecidos em Petrópolis estão entre as vítimas dos deslizamentos provocados pelas chuvas, indicou Simões.

"A continuidade das chuvas agrava muito os riscos de deslizamentos. Há muitas áreas vulneráveis na região serrana e, portanto, essa é nossa preocupação", afirmou.

Até 390 milímetros de chuva caíram em alguns bairros de Petrópolis em 24 horas, quando o nível de chuva esperado para todo o mês de março era de 270 milímetros.

Os rios que transbordaram retornaram ao seu curso na manhã desta segunda-feira, mas ainda são esperadas novas chuvas.

O prefeito de Petrópolis, Rubens Bomtempo, decretou feriado escolar, pediu para a população permanecer em suas casas e alertou sobre o risco de novos deslizamentos de terra na região.

"Reforçamos o número de bombeiros militares com a ida do Grupo de Resgate (...) Todo o governo foi acionado", disse mais cedo em um comunicado o governador.

Outras cidades do estado do Rio afetadas pelas fortes chuvas nas últimas 24 horas foram Angra dos Reis, Mangaratiba, Niterói e Teresópolis, disse a Defesa Civil em um comunicado.

FONTE:http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/chuva-deixa-13-mortos-em-petropolis?page=1