quinta-feira, 21 de março de 2013

Eike precisa de "eventos" diz matéria da Bloomberg


A matéria abaixo do jornalista Rodrigo Orihuela da Bloomberg que foi republicada pela Revista Exame é cheio de informações, mas as melhores são as subliminares.  Ainda que a mesma aborde a situação diferenciada da LL(X) em relação às demais empresas da franquia "X" que hoje afundam nos pregões diários da BOVESPA,  Orihuela aborda alguns elementos para lá de interessantes:

1. potenciais acordos com a Nissan Motor Co., a Ternium SA e a Subsea 7 SA não deram em nada.
2. Eike agora foca a ação da LL(X) na área de serviços portuários, com a esperança de atrair a Petrobras para uma parceria.

Essa guinada da LL(X) faz parte de uma estratégia crucial para Eike Batista manter o Grupo EBX minimamente atraente, visto que as outras empresas estão com resultados muito abaixo do esperado. Mas o essencial é que para um analista financeiro consultado, Eike precisa de eventos (positivos). Do contrário nem a LL(X) o salvará do calvário.

Em tempo é preciso lembrar que o tempo de Eike Batista está se esgotando não apenas para pagar as dívidas bilionárias que possui como pessoa física junto a grandes instituições financeiras, mas também para dar a rentabilidade prometida aos seus parceiros de Abu Dhabi, pois apesar de 2019 estar ainda estar longe, o tempo (como diria Cazuza) nao para. Então, haja eventos para Eike criar. A ver.....


Eike consegue trégua, com LLX atraindo Petrobras



A disparada de 19 por cento da LLX Logística SA no último mês é o melhor desempenho entre as principais ações brasileiras e entre seus pares globais na área de logística

Rodrigo Orihuela, da

Fred Prouser / Reuters
Eike Batista está usando a LLX de olho em um déficit iminente de infraestrutura no País criado pelo boom da exploração do petróleo no mar

São Paulo - Eike Batista, cujas startups de commodities perderam US$ 8,6 bilhões em valor de mercado neste ano, vem tendo algum alívio com companhia de logística.

A disparada de 19 por cento da LLX Logística SA no último mês é o melhor desempenho entre as principais ações brasileiras e entre seus pares globais na área de logística, depois de Eike redirecionar o foco da companhia para serviços portuários atraindo a Petróleo Brasileiro SA e a Wärtsilä Oyj.

Eike, 56, está usando a LLX de olho em um déficit iminente de infraestrutura no País criado pelo boom da exploração do petróleo no mar. O sucesso da LLX em conquistar contratos destoa da piora de outra das empresas de Eike, cujo recuo no valor de mercado levou os credores a exigir mais garantias.

“Tem alguma notícia pontual que tem animado os investidores”, disse Saulo Sabba, que ajuda a administrar R$ 350 milhões no Banco Máxima SA, em entrevista por telefone do Rio de Janeiro. Um acordo com a Petrobras reforçaria a LLX “sem dúvida. O Eike precisa de eventos.”

O Porto do Açu da LLX foi originalmente apresentado como um complexo industrial que poderia se tornar o terceiro maior do mundo, com clientes que vão de mineradoras a montadoras de automóveis.

Potenciais acordos com a Nissan Motor Co., a Ternium SA e a Subsea 7 SA para que se instalassem no Porto não se concretizaram nos últimos 18 meses.