quinta-feira, 14 de março de 2013

Júlio Bueno, o secretário que preferia aço a maxixe, agora faz o jus esperneando por causa dos royalties


Eu que andava sentindo a ausência do obscuro (des) secretário estadual de Desenvolvimento do Rio de Janeiro, Júlio Bueno, na discussão acerca dos problemas que estão marcando a implantação do Complexo do Açu em São João da Barra, eis que vejo que ele saiu de sua obscuridade para atacar a mudança do regime de distribuição dos royalties do petróleo. Segundo Bueno, a mudança do mecanismo de distribuição dos royalties do petróleo teria sido " a maior asneira de todos os tempos política industrial feita no Brasil". 

O interessante nisso tudo é que em todo o tempo em que essa discussão ocorreu no congresso nacional nunca ouvi ou li qualquer referência à participação de Júlio Bueno no debate. 

Aliás o que mesmo poderia mesmo se esperar do personagem que espalhou que o número de famílias afetadas pelas expropriações comandadas pela Companhia de Desenvolvimento Industrial (CODIN) no Açu não passava de 16 famílias, e que falar em 850 famílias afetadas seria uma piada. É de Bueno a infame declaração de que seria " muito mais importante fazer aço do que plantar maxixe, com todo respeito a quem planta maxixe" (Aqui!).

Mas pensando bem, de asneira Bueno entende bem.

Partilha dos royalties é a maior 'asneira' feita no país, diz secretário do RJ

ITALO NOGUEIRA
ENVIADO ESPECIAL A BÚZIOS (RJ)

A mudança do regime de concessão para partilha na exploração do petróleo, escolhida pelo governo federal, "é a maior asneira da política industrial do Brasil", afirmou na tarde desta quinta-feira (14) o secretário de Desenvolvimento do Rio, Julio Bueno.

Ele atribuiu ao governo federal a responsabilidade pelo início da discussão de redistribuição dos royalties do petróleo. Para ele, ao iniciar a discussão sobre a mudança do modelo, a União "abriu a caixa de Pandora" que permitiu a derrota dos Estados produtores no Congresso Nacional.


Rafael Andrade/Folhapress
Júlio Bueno, secretário de Desenvolvimento do Rio


"A partilha que propiciou a discussão da repartição. O Rio sempre topou discutir o futuro. [...] A discussão sobre o modelo não se deu. Mudou sem discutir. A discussão dos royalties eclipsou a discussão sobre os modelos", disse Bueno, engenheiro da Petrobras, durante encontro com prefeitos fluminenses, em Búzios.

O secretário criticou a mudança do modelo. Segundo ele, o Rio sempre foi contrário ao fim da concessão para exploração dos campos de petróleo.

No modelo de concessão, 10% do valor da produção geram os royalties distribuídos entre Estados e municípios. Além disso, o governo pode cobrar participações especiais quando o lucro da concessionária excede determinado patamar --verba repassada para Estados e municípios produtores e afetados.

No regime de partilha, 15% serão repassados ao governo federal, que vai transferir 29% desses para Estados e municípios. Além disso, a União será a dona de parte do óleo extraído.

"O Estado brasileiro vai ser dono do óleo. Além dos 71% [dos royalties], ele vai ter uma parcela do óleo que vai ser produzido. Criaram até uma empresa, chamada Petrosal, que vai comercializar esse óleo. Uma barbaridade. Me permitam dizer com toda franqueza: é a maior asneira de todos os tempos política industrial feita no Brasil", declarou.