segunda-feira, 11 de março de 2013

Na crise dos royalties, os estudantes da UERJ são os primeiros a sentir o efeito do calote de Sérgio Cabral



Não chega a ser surpreendente, mas as primeiras vítimas do calote informal decretado pelo (des) governador Sérgio Cabral são estudantes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro que estão tendo bolsas do Programa de Iniciação Acadêmico (Proiniciar) suspensas. E a foice dos cortes deverá se estender aos estudantes bolsistas da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) e da Universidade Estadual da Zona Oeste (Uezo).

Agora vamos como as reitorias das três instituições vai reagir a essa ataque frontal do (des) governo de Sérgio Cabral. A bem da verdade, os orçamentos das três instituições para 2013 já é inferior ao que foi aprovado pela ALERJ em 2012, o que já vinha causando atrasos nos pagamentos de bolsas. O problema é que no caso da Uenf, não há sequer o esboço de reação que já está acontecendo na Uerj. 

Mas parece claro que caberá aos sindicatos das universidades formular uma reação enérgica a esse ataque desfechado pelo (des) governo de Sérgio Cabral que usa os royalties como desculpa para asfixiar ainda mais os parcos recursos das três universidades estaduais fluminenses.

Por último, vamos ver se Sérgio Cabral vai bloquear, por exemplo, o pagamento de empreiteiros e vendedores de serviços terceirizados. Afinal de contas, se cortou bolsa de estudante, não há porque continuar pagando empreiteiro, ou há?


Bolsistas da Uerj ficam sem pagamento após Rio perder royalties de petróleo

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) já começa a sentir as consequências da derrubada dos vetos à redistribuição dos royalties do petróleo. Na página oficial da universidade no Facebook circula a informação de que o Programa de Iniciação Acadêmica (Proiniciar) bloqueou, por determinação do governo do Estado do Rio, todas as bolsas de alunos da universidade.

O Proiniciar confirmou a informação, ressaltando que os pagamentos, marcados para o dia 10 e que deveria ser efetuados no primeiro dia útil, ainda não foram feitos.

Na semana passada, após o Congresso derrubar os vetos da presidente Dilma Rousseff à redistribuição dos royalties do petróleo, o governador Sérgio Cabral determinou o fim dos repasses e pagamentos - com exceção dos servidores - por parte do Estado do Rio.

"Isso não afeta só a Uerj, mas também a Uezo (Centro Universitário Estadual da Zona Oeste) e a Uenf (Universidade Estadual do Norte Fluminense", lembrou uma fonte dentro da universidade, que não quis se identificar. A fonte, porém, não tem maiores informações sobre o caso.

Em nota divulgada no dia 8 de março no site da Uerj, o reitor da instituição, Ricardo Vieiralves, alerta que “a Uerj precisa de um estado operando em boas condições para que possa funcionar bem e atender às demandas da sua comunidade e também da sociedade fluminense”. 

No segundo parágrafo, Veiralves fala sobre os bloqueios e afirma que está em contato com o governador: “....Os empenhos estão bloqueados. Como reitor, estou agindo no sentido de minimizar danos, de modo que sejam os menores possíveis para a comunidade universitária. Neste momento estou em tratativa com o Governo do Estado para que a situação da Universidade volte à normalidade o mais rápido possível”, finaliza o reitor.